Relatório recém lançado sobre as diferenças existentes entre planos de produção de combustíveis fósseis e metas climáticas dos governos pelo mundo. O capítulo brasileiro teve colaboração de Roberto Schaeffer, Alexandre Szklo, Fernanda Barbosa e o nosso pesquisador visitante Bruno S. L. Cunha.
Em contraste com os crescentes compromissos de net zero, o relatório Production Gap de 2021 conclui que os planos dos governos para produção de combustíveis fósseis permanece perigosamente fora de sincronia com os limites do Acordo de Paris. Os planos e projeções de produção dos governos levariam a cerca de 240% mais carvão, 57% mais óleo e 71% mais gás natural em 2030 do que seria consistente com o limite de aquecimento médio global em 1,5°C. Os países do G20 direcionaram quase US$ 300 bilhões em novos fundos para atividades relacionadas a combustíveis fósseis desde o início da pandemia COVID-19; mais do que para energia limpa. Este relatório detalha as estratégias, apoio e planos do governo para a produção de combustíveis fósseis em 15 dos principais países produtores, incluindo o Brasil. Diante dos esforços globais de descarbonização e do potencial pico de demanda no curto-médio prazo, o governo brasileiro busca aumentar a produção para maximizar a "monetização" de suas reservas de O&G. O PNE 2050 da EPE prevê aumento da produção de óleo e gás em 60% (2020) e 110% (2030). Governos têm um papel fundamental na redução da produção de combustíveis fósseis e na garantia de que a transição energética seja justa e equitativa.
20 de Outubro de 2021 | 17:20